Recentemente, a definição de pressão alta foi revisada pela primeira vez em 14 anos, reduzindo os valores considerados normais. Agora, a pressão alta é definida por leituras de 130 mm Hg ou mais para a pressão sistólica, e 80 mm Hg ou mais para a pressão diastólica. Esta mudança reflete a necessidade de tratar a hipertensão mais cedo, com mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicação.
A atualização das diretrizes foi apresentada pela American Heart Association (AHA) e pelo American College of Cardiology (ACC) durante a conferência científica de 2017 em Anaheim. Com a nova definição, quase metade da população adulta dos EUA será diagnosticada com hipertensão, um aumento significativo em relação à definição anterior, que considerava 140/90 mm Hg como o limiar para a pressão alta.
A hipertensão é conhecida como o “assassino silencioso” porque muitas vezes não apresenta sintomas, apesar de aumentar significativamente o risco de doenças cardíacas e AVC. A nova abordagem enfatiza a importância de medir a pressão arterial corretamente, utilizando a média de duas a três leituras em pelo menos duas ocasiões diferentes.
Além disso, as diretrizes eliminam a categoria de pré-hipertensão e recomendam intervenções mais precoces para prevenir complicações futuras. Embora mais pessoas sejam aconselhadas a fazer mudanças no estilo de vida, apenas um pequeno aumento no número de pessoas que necessitarão de medicação é esperado.
A pressão alta é a segunda maior causa de mortes evitáveis por doenças cardíacas e AVC, ficando atrás apenas do tabagismo. A nova definição visa ajudar a detectar e tratar a hipertensão mais cedo, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os riscos associados a esta condição.